domingo, 30 de maio de 2010

Humberto Maturana



Humberto Maturana (* 14. September 1928 em Santiago de Chile) é um biólogo (Neurobiologia) chileno, crítico do Realismo Matemático e criador da teoria da autopoiese e da Biologia do Conhecer, junto com Francisco Varela. e faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo radical.

Maturana concluiu seus estudos no Liceo Manuel de Salas em 1954 para logo ingressar na carreira médica da Universidade do Chile. Em 1954 seguiu para a University College of London para estudar anatomia e neurofisiologia, graças a bolsa da Fundação Rockefeller. Em 1959 obteve o Doutorado em Biologia pela Universidad Harvard, nos Estados Unidos.Posteriormente, registrou pela primeira vez a atividade de uma célula direcional de um órgão sensorial, junto ao cientista Jerome Lettvin do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). Pela condução desta investigação ambos foram candidatos ao Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, ainda que não obtivessem a premiação. Em 1960 voltou ao Chile para desempenhar a função de professor adjunto na disciplina de Biologia da Escola de Medicina da Universidade do Chile. Fundou o Instituto de Ciências e a Faculdade de Ciências da Universidade do Chile em 1965.Em 1970 criou e aprimorou o conceito de
Autopoiese, que explica como se dá o fechamento dos sistemas vivos em redes circulares de produções moleculares, em que as moléculas produzidas com suas interações constituem a mesma rede que as produziu e especificam seus limites. Ao mesmo tempo, os seres vivos se mantém abertos ao fluxo de energia e matéria, enquanto sistemas moleculares. Assim, os seres vivos são "máquinas", que se distinguem de outras por sua capacidade de auto-produzir-se. Desde então, Maturana tem desenvolvido a Biologia do conhecimento.Em 1990 foi designado Filho Ilustre da comunidade de Ñuñoa (Santiago do Chile). Além disso, foi declarado doctor honoris causa pela Universidad Libre de Bruselas. Em 1992, junto ao biólogo Jorge Mpodozis, gera a idéia da evolução das espécies por meio da deriva natural, baseada na concepção neutralista de que a maneira em que os membros de uma linhagem realizam sua autopoiese se conserva transgeracionalmente, em um modo de vida ou fenótipo ontogênico particular, que depende de sua história de interações, e cuja inovação conduziria a diversificação das linhagens. Em 27 de setembro de 1994 recebeu o Prêmio Nacional de Ciência no Chile, graças a suas investigações no campo da percepção visual dos vertebrados e a seus modelos conceituais a respeito da teoria do conhecimento.É co-fundador e docente do Instituto de Formação Matríztica, em Santiago de Chile, onde trabalha com Ximena Davila (co-fundadora e docente) no desenvolvimento da dinâmica da Matriz Biológico-cultural da Existência Humana. A proposta do instituto é explicar as experiências desde as experiências, como um fazer próprio do modo de viver humano (cultura), em um fluir no entrelaçamento do linguajear e do emocionar (conversar), que é desde onde surge todo o humano.O resgatar as emoções dentro duma deriva cultural que tem escondido as emoções, por ir contra da razão, é uma das aberturas de olhar propostas por Maturana, pois dá conta que a deriva natural do ser humano como um ser vivo particular, tem um fundamento emocional que determina esta deriva. O amor é a emoção que sustenta, funda o humano em tanto é o fundamento da recorrência de encontros na aceitação do outro, como legitimo outro que da origem à convivência social e por tanto à possibilidade de constituição da linguagem, elemento constitucional do viver humano. O AMOR é a emoção que sustena e permite o surgimento do humano, uma vez que é o fundamento da recorrência dos encontros na aceitação do outro, da outra como legítimo outro(a); dando origem, portanto, a convivência social e a possibilidade da constituição da linguagem, considerada um elemento consitucional do viver humano e somente do viver humano."Dizem que nós, seres humanos, somos animais racionais. Nossa crença nessa afirmação, nos leva a menosprezar as emoções e a enaltecer a racionalidade, a ponto de querermos atribuir pensamento racional a animais não-humanos, sempre que observamos neles comportamentos complexos. Nesse processo, fizemos com que a noção de realidade objetiva, se tornasse referência a algo que supomos ser universal e independente do que fazemos, e que usamos como argumento visando a convencer alguém, quando não queremos usar a força bruta." (extraído do livro "A Ontologia da Realidade" de Humberto Maturana - Ed. UFMG, 1997).


Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Maturana

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Carlos Augosto de Figeiredo Monteiro

Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (Teresina, 23 de março de 1927) é um dos principais geógrafos e climatologistas brasileiros. Sua tese de livre-docência Teoria e Clima Urbano (1975) é um marco nos estudos da climatologia geográfica. Doutor (1967) e Livre-Docente (1975) em Geografia pela USP (Universidade de São Paulo) em 1967 e Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas dessa mesma universidade, ele é considerado o pai da análise rítmica, método de análise amplamente utilizado nos estudos de climatologia geográfica.


Carreira:

Formou-se em Geografia e História em 1950, na Faculdade Nacional de Filosofia, da antiga Universidade do Brasil, a atual UFRJ. Desde então tem sido incansável educador e pesquisador, autor de numerosas obras que lhe consagraram personalidade de renome na Geografia brasileira e internacional. De 1951 a 1953, na França, foi estagiário do Laboratório de Geomorfologia da École Pratique de Hautes Études e do Laboratório de Sedimentologia da École Nationale d'Agronomie.
De volta ao Brasil, foi professor de Geografia Física de 1955 a 1959 na Faculdade Catarinense de Filosofia, que hoje integra a
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em Florianópolis. De 1960 a 1964, lecionou a mesma disciplina na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, que deu origem aos atuais Instituto de Biociências e Instituto de Geociências e Ciências Exatas, ambos do campus de Rio Claro da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
De 1966 a 1967 foi professor de Geomorfologia do Instituto de Ciências da
UnB (Universidade de Brasília). Em 1968, transferiu-se para o Departamento de Geografia da USP, onde lecionou diversas disciplinas de Geografia Física até sua aposentadoria em 1987 (Introdução à Geografia Física, Fundamentos de Climatologia, Climatologia Sistemática e Regional, Fisiologia da Paisagem, Geomorfologia Climática e Litorânea, Climatologia Agrária, Climatologia Urbana, Conservação dos Recursos Naturais, Biogeografia e Geomorfologia Estrutural).
Entre os anos 1982 a 1983, Carlos Augusto foi professor visitante no Japão, na Universidade de Tsukuba.
Entre 1987 e 1990, depois de aposentado da USP, ele foi professor dos cursos de Pós-Graduação em Geografia das Universidades Federais de Santa Catarina (
UFSC) e de Minas Gerais (UFMG).
Em 2000 recebeu o título de
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Atualmente o
professor Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro vive na cidade de Campinas, estado de São Paulo.


Livros publicados:

MONTEIRO, CARLOS. A. F. Geografia Sempre - O homem e seus mundos. Edições Territorial, 2008.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. A questão ambiental na Geografia do Brasil. Florianópolis: Editora da UFSC, 2003. 49 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . O mapa e a trama - ensaios sobre o conteúdo geográfico em criações romanescas. Florianópolis: Editora da UFSC, 2002. 242 p.
Para comprar
MONTEIRO, CARLOS. A. F. ; MENDONCA, F. . Clima Urbano. São Paulo: Contexto, 2002. 192 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Geossistemas - História de uma procura. São Paulo: Editora Contexto, 2001. v. 01. 154 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . O Estudo Geográfico do Clima. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999.
v. 01. 71 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Tempo de Balaio - uma sinopse da evolução histórica do Piauí a partir da situação vigente no meado do século XIX, após a consumação da Guerra dos Balaios, quando da mudança do capital. Edição Piloto do Autor, 1993. 339 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Rua da Glória. Edição Piloto do Autor, 1993. 1520 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Clima e Excepcionalismo - conjecturas sobre o desempenho da atmosfera como fenômeno geográfico. Florianópolis: Editora da UFSC, 1991. v. 01. 239 p.




Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Augusto_de_Figueiredo_Monteiro