quarta-feira, 8 de maio de 2013

Thiago de Mello

“Tenho boas antologias em vários idiomas, mas é nos poemas selecionados pela Cecilia Reggiani para a Global que realmente me vejo como sou.” Revela Thiago de Mello, sobre seu próximo livro.

Reconhecido por ser um dos mais queridos poetas da atualidade, Thiago de Mello nasceu em 1926, no município de Barreirinha, Amazonas. Pensou, primeiramente, em ser médico. Veio para o Rio, estudou na Praia Vermelha, mas decidiu seguir a sua vocação literária. Aos 25 anos publicou o seu primeiro livro de poemas, Silêncio e Palavra e, desde então, Nunca mais deixou de lidar com a palavra escrita, seu dom. O autor explica que, na verdade, o poeta já nasce poeta. “Nasci com o ritmo dentro de mim e é da própria vida que nascem os meus poemas. A inspiração vem da vida do homem neste lugar chamado Terra. O que me comove ou me espanta, me dá esperança ou indignação”, relata.

Logo que começou a escrever, Thiago entrou para o círculo dos intelectuais da época, que incluía nomes como os de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. O poeta de Pasárgada foi, segundo Thiago, o responsável por lhe mostrar o “caminho encantado”. “Ao poeta de todos nós, devo muito do que sei. Do que sou”, escreve ao fazer referência à Bandeira no prefácio da obra Poetas da América de Canto Castelhano, uma antologia produzida por ele em doze anos de trabalho incessante e publicada pela Global, em 2011. A seleção preenche uma lacuna enorme no acervo bibliográfico brasileiro e cumpre importante papel na integração cultural da América Latina.

O novo livro de Thiago reúne poemas que foram escritos ao longo de sua vida, como relata a editora de literatura para crianças e jovens e selecionadora dos poemas que compõem a antologia, Cecilia Reggiani Lopes. “Primeiro selecionei os poemas que pareciam ideais para o público jovem. Ao lidar com os poemas, tentei organizá-los sob vários aspectos da vida do poeta”, conta. “A batalha política, o lirismo, as relações de família, os amores. Então, emergiram sete fases que remetem à vida do autor. Decidimos não dar título a essas etapas, para que o leitor perceba as mudanças como se apresentaram na própria vida dele. Pessoalmente, a realização desse trabalho foi a redescoberta do poeta sofisticado no construir e simples no dizer.”

Fonte: Editora Global

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